ACVM E FUNDADOR

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Associação de Comunidades de Vida Mariana teve sua origem em 1970, no movimento JAM-Juventude de Ação Mariana, o departamento jovem das Congregações Marianas. Seu fundador foi José Batista Sobrinho, atuante até hoje na ACVM – www.acvm.org.br . A ACVM é uma associação civil, coordenada por leigos, de direito privado e sem fins lucrativos, ligada a Igreja Católica Apostólica Romana e às Arquidioceses do Rio de Janeiro, de Niterói e de Nova Friburgo. Afiliada a CVX – Comunidade de Vida Cristã, recebe o apoio da Companhia de Jesus, segue a Espiritualidade Inaciana e tem Maria como exemplo de Vida.

A ACVM possui fortes carismas e seu movimento é formado por Comunidades  que se reúnem com o propósito de crescer na oração, na partilha e na vida missionária.  A evangelização é uma das missões mais importantes, e ela acontece, principalmente através dos encontros de adesão, encontrões, retiros e cursos de formação.   E “como a fé sem obras é uma fé morta”, trabalha no serviço aos mais necessitados, através das diversas atividades oferecidas pelo DPSOL – Departamento de Promoção Social.

Quem é José Batista Sobrinho; fundador e atual coordenador geral da ACVM e um dos idealizadores da Casa de Irmãos ?

Maio de 1959; mais um caminhão, carregado de retirantes nordestinos chegava ao Rio de Janeiro. E nesse caminhão, muitas histórias de tristeza e decepção, mas também de sonho e esperança, se juntavam. Entre tantas pessoas, havia um jovem de 20 anos, vindo ao Rio de Janeiro em busca de melhores condições de vida e da possibilidade de prover sua numerosa família (pais e irmãos), que tinha ficado em Pernambuco, ainda às voltas com uma seca que já durava anos.  Esse jovem passou por muitas dificuldades; trabalhou pesado em funções bem humildes, até que, em 1961, conseguiu empregar-se na VARIG.
Daí para frente, sua vida profissional e pessoal mudou; foi ascendendo a funções cada vez mais importantes dentro da empresa e teve também a oportunidade de voltar a estudar; pois em sua terra natal, tinha apenas concluído o que hoje chamamos Ensino Fundamental. Aposentou-se por tempo de serviço em 1994 e, na época, era uma das pessoas mais respeitadas e queridas em seu meio profissional. Além disso, ao longo desse tempo, conseguiu trazer toda a sua família para o Rio de Janeiro, dando-lhes também condições dignas de vida.

E essa seria apenas mais uma história de sucesso, em que uma pessoa realmente determinada, parte quase do zero e alcança muitos de seus objetivos. Mas, algo o diferenciava de muitos outros que, antes ou depois dele, vieram ao Rio de Janeiro tentar a vida; e que foram ou não bem sucedidos. Esse diferencial é a sua fé em Deus; fé esta que ele sabia que deveria expressar em palavras e principalmente em obras.
E foi assim que ele, como Congregado Mariano desde os tempos em sua cidade natal, tratou de unir sua experiência de fé à sua vida cotidiana. E assim, acabou por tornar-se catequista de Primeira Eucaristia, no bairro de Rocha Miranda.

E sua vida apostólica parecia já estar definida, mas o Senhor queria ainda mais dele. E foi assim que, em 1967, ele recebeu o convite para participar da idealização e fundação do Departamento de Juventude da
Federação das Congregações Marianas do Rio de Janeiro. E isso mudaria tudo ao seu redor.

Depois de muita reflexão e discernimento, o convite foi aceito. Ao longo dos três anos seguintes, muita coisa aconteceu; visitas a paróquias, retiros e cursos de formação, até que em novembro de 1970, aconteceu o primeiro Encontro de Jovens, embrião do que seria o Departamento de Juventude da Federação Mariana. E daí por diante, as atividades foram se sucedendo; mais Encontros, mais Retiros e mais Cursos de Formação (na fé e na doutrina católica), sempre apoiados e orientados por padres e religiosos da Companhia de Jesus. E, nos anos setenta e oitenta, José Batista Sobrinho coordenou o Departamento de Juventude, que recebeu o nome de JAM (Juventude de Ação Mariana).

Em 1988, porém, devido a uma série de fatores, José Bastista Sobrinho e um grande número de integrantes do JAM deixou a Federação Mariana e deu origem a uma nova instituição, a ACVM (ASSOCIAÇÃO DAS COMUNIDADES DE VIDA MARIANA). Foi um começo difícil, mas, aos poucos, as coisas foram se acomodando. E os Encontros, Cursos, Encontrões e retiros foram acontecendo.    Além de todo o trabalho desenvolvido no JAM e depois na ACVM, José Batista Sobrinho sempre foi alguém “antenado” com os passos dados pela Igreja Católica Apostólica Romana. E foi assim que ele acabou também por aderir a uma proposta autorizada pela Igreja em 1967; as Congregações Marianas deveriam tornar-se Comunidades de Vida Cristã (CVX, retomando assim o carisma de sua criação em 1563. E no período entre 2007 e 2014, José Batista Sobrinho tornou-se Coordenador Nacional da CVX.

Mas, em 1996, iniciou-se quase despretenciosamente, uma experiência que marcaria definitivamente a vida de José Batista Sobrinho e os rumos da ACVM. Uma vez por semana (as quartas-feiras) começou a ser servido um prato de sopa a pessoas em situação de rua, da Rua Bela e arredores. Aos poucos, a comida passou a ser apenas o pretexto para que pudesse se conhecer mais e melhor aqueles que precisavam dessa refeição. E foi assim que surgiu a possibilidade de tentar oferecer ainda mais a eles (roupas, preparação profissional, um trabalho, etc…) enfim, o que estivesse ao alcance da ACVM.
Mas, aos poucos, percebeu-se que só isso não bastava, pois um mal devastador passou a atingir mais e mais a população em situação de rua; o uso de drogas.

E foi assim que, percebendo esse terrível flagelo e inspirado em algumas propostas já existentes, José Batista Sobrinho decidiu dedicar-se à criação de uma casa de acolhida e recuperação para dependentes químicos; a CASA DE IRMÃOS.

E hoje, José Batista Sobrinho divide suas atenções entre a Coordenação Geral da ACVM e a manutenção da CASA DE IRMÃOS.